Justiça manda Pânico ficar a 100m de Silvio Santos e proíbe imitação
Os humoristas do Pânico e todos os profissionais da
Band estão proibidos de imitar, captar e exibir imagens
e até de se aproximarem do apresentador Silvio Santos. O
desembargador Vito Guglielmi, do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, concedeu na última segunda-feira
efeito suspensivo proibindo profissionais da Band de se
aproximarem do apresentador em um raio de 100 metros,
para captar imagens ou fazer entrevistas. Guglielmi
também proibiu a Band "da perseguição, do cerco e do
constrangimento à participação [de Silvio Santos] em
seus programas". A Band também está impedida de fazer a
"captação, utilização e exibição de suas imagens [de
Silvio Santos] e características pessoais, inclusive por
meio de imitações e caricaturas, principalmente no que
envolva a sua exploração não autorizada, sob pena de
multa diária de cem mil reais". A decisão, assim, impede
o humorista Wellington Muniz, o Ceará, de interpretar
seu principal personagem já no programa de amanhã.
Embora a medida tenha sido provocada pelo Pânico, ela
afeta todos os programas da Bandeirantes. O agravo de
instrumento [instrumento jurídico que resulta no efeito
suspensivo, como uma liminar de segunda instância], foi
pedida pelo próprio Silvio Santos. O dono do SBT ficou
"profundamente aborrecido" com o fato de humoristas do
Pânico terem dublado uma ação sua, colocando em sua boca
um palavrão que ele não teria dito. Nos programas dos
dias 6 e 13 de maio, o Pânico mostrou Rodrigo Scarpa, o
Repórter Vesgo, abordando Silvio Santos na entrada do
salão de cabeleireiros Jassa, em São Paulo. Silvio
Santos não quis conversa. Fez um gesto que o Pânico
interpretou como um palavrão ("vai se f..."). Silvio
Santos recorreu ao Tribunal de Justiça porque não teve
sucesso na primeira instância da Justiça. O juiz que
analisou o caso negou liminar porque, avaliou, feriria a
liberdade de imprensa. Mas o desembargador Vito
Guglielmi interpretou que houve "abuso" por parte do
Pânico.
Assista o vídeo:
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